CONVIVENDO COM O CHATGPT EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM

Aqui nesse texto falamos do ChatGPT e suas potencialidades e hoje vou focar em comentar como podemos lidar melhor com ele.

Em 1958, o pai da ficção científica moderna Isaac Asimov escreveu “A sensação de poder”, descrevendo uma sociedade que, assistida por computadores, se esqueceu da matemática e até da capacidade de contar.

Hoje não é raro irmos a uma padaria e a pessoa que nos atende realiza uma operação de 20 – 7 para poder dar o troco.

Prevendo isso, uma das reações das instituições de ensino à chegada do ChatGPT foi proibir o uso da ferramenta, temendo processos de plágio que muitas vezes já existem.

Será muito difícil controlar efetivamente o uso da ferramenta, pois nada impede que se copie o texto produzido pela IA (inteligência artificial).

Teremos que aprender a conviver com essa ferramenta e entender seus benefícios e pontos de atenção para a educação. Seguem algumas práticas que vão ajudar:

1️⃣ – Pedir ao aluno que defenda, argumente e explique o trabalho que foi realizado. Mesmo que tenha feito com IA (inteligência artificial), a capacidade de compreensão, argumentação e interpretação do trabalho gerado é 90% do que muitas vezes queremos desenvolver.

2️⃣ – Crie outras formas de pedir trabalhos. Fazer uma história em quadrinhos, um storyboard ou mesmo um processo que exija a criatividade deles pode tirá-los um pouco da IA (ainda que existam ferramentas disso) e de quebra, tornar a atividade mais lúdica.

3️⃣ – Acima de tudo, conscientização. Mostre pra eles o benefício de se desenvolver um trabalho assim e porque eles devem ser honestos assumindo seus atos e consequências.

Sei que esse último é o mais difícil, mas me parece que trazer controle interno é o mais eficaz também, pois além de não exigir checagens e vigilâncias externas, é o que mais desenvolve a autorresponsabilidade e consciência do aprendente.

Talvez até ler o conto do Asimov como um pré trabalho e provocar uma discussão em torno disso. Ou então, criar uma cultura do não uso indiscriminado da ferramenta pode ser um grande caminho.

Há 20 anos, os melhores exemplos que vi na escola em relação a internet foram por um caminho parecido. Não proibição, adoção de uma ética e convívio pacífico com um recurso que é sim muito poderoso. Com a Inteligência Artificial, acredito muito que será muito similar.

Sabendo usar, não vai faltar. E tô falando do cérebro.

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