Lucas acredita que com o seu porte de atleta olímpico, dificilmente alguém pode impedí-lo de ser diferente. E assim, com muita confiança, segue em busca de seus sonhos, pegando as ondas da vida e cantando sua música predileta: “Deixa a vida me levar, vida leva eu. Sou feliz e agradeço por tudo o que Deus me deu.” Enquanto a maioria dos peixes nada para a direita, Lucas segue confiante para a esquerda. “Esse peixe ainda vai sofrer muito na vida”, pensa sua mãe preocupada. Mas Lucas sabe que novas perspectivas são essenciais para que ele se desenvolva e se torne peixe grande. Até em águas geladas já se aventurou e aprendeu assim, a dar valor às águas mornas. Essa mania de fazer as coisas de olhos fechados não foi ideia sua não. Isso ele aprendeu observando outros peixes. Por exemplo, seu pai quando come algo muito gostoso: ele fecha os olhos, enche o peito de ar e abre um sorriso satisfeito. A sua mãe quando abraça a irmã, fecha os olhos e sorri com amor. Para Lucas era mais do que certo: quando se fecha os olhos, se vê com o coração!