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Brasil ——

Dete virou mãe e tem muito amor pra dar. E vontade de receber também.

Carla Scheidegger

09 de outubro de 2016

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Dete acabou de ter seu primeiro filho e ser atropelada pelo maior amor do mundo!

Poderia passar o dia olhando para aquele serzinho puro e indefeso, como se estivesse na frente de uma lareira. Ele ainda só faz três coisas: mama, enche as fraldas e dorme. Para essas coisas, um tanto quanto simples, acontecerem, a Dete dedica cada minuto do seu dia. Além disso, é seu filho quem decide, como e quando as tarefas mais essenciais da sua vida acontecem. Ela alimenta-se para produzir um leite bom; pra ele. Dorme em doses homeopáticas; como ele. Até as suas idas ao banheiro são, muitas vezes, acompanhadas. Dele.

Dá pra entender o que isso significa?

Mesmo assim, Dete sente-se feliz. Seu momento favorito do dia é amamentar. Ela não sabe muita coisa sobre isso, mas tem uma forte intuição de que está construindo uma relação baseada em muito amor e confiança. Ela compreendeu tudo isso observando atentamente seu filhote e aprendeu, em pouco tempo, que seu leite acalmava, saciava e o satisfazia. Dete quase não consegue acreditar que aquele pequeno milagre esteja crescendo com a ajuda do seu leite. Pura e exclusivamente.

O que ninguém sabe, é que, muitas vezes, ela se sente como o Atlas, aquele Deus grego que carrega o mundo nas costas. É esta a imagem que lhe vem à cabeça quando ela, que mal acabou de pegar no sono, é chamada por um chorinho novamente.

Se ao menos as pessoas a olhassem com mais empatia, conseguiriam perceber como ela se sente e tirar-lhe um pouco daquele peso que ela não precisa carregar, como: a culpa por não querer ir naquela festa de aniversário, não se sentir tão bela para tirar tantas fotos, o cansaço de as vezes não querer conversar e só ver uma novela. Ela tem que lidar com olhares incomodados de pessoas que se ofendem quando ela amamenta em público, com a cobrança de amigos e familiares quando ela prefere dormir e com sua própria autoestima, abalada por achar que deveria dar conta de tudo sozinha.

Dete pode contar com seu companheiro, que sabe que é na segunda gaveta da cozinha que Dete guarda sua barra de chocolate favorita. Quando ele olha pra ela e percebe que seu nível de energia está chegando ao fim, leva-lhe um pedacinho da doçura, dá-lhe um abraço carinhoso e fica lá, até que a vitoriosa Mãe de Leite adormeça em seus bracos.

Carla Scheidegger

No papel: Comunicadora Social pela ESPM , pós-graduada pela Fundação Getúlio Vargas (São Paulo, Brasil) e Universität zu Köln (Colônia, Alemanha). Na perspectiva de outros: alemã no Brasil e brasileira na Alemanha, onde vive há quase 20 anos e fundou a irmã sem fins lucrativos de Carlotas (Carlotas gGmbH). No dia a dia: praticante da empatia e questionadora social desde criança. Já liderou times em empresas de diversos portes e atendeu clientes internacionais em agências de marketing digital, antes de se engajar, enfim, em projetos de integração, empoderamento feminino e promoção de diversidade, empatia e respeito em corporações e instituições de ensino.


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