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Opinião ——

Quando entendi minhas limitações e quis entender e me colocar no lugar do outro

Bruno Bezerra

08 de junho de 2018

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“Pisando em ovos” é assim que me sinto em algumas conversas que tenho quando entro em discussões sobre equidade de gênero e / ou feminismo. Desde que comecei a ler mais sobre o assunto e a participar de palestras sobre o tema, tive a sensação de estar sendo observado e medido, quando não chegam direto e me perguntam “Por que um homem branco hétero - e careca, minha intervenção – está falando sobre os direitos das mulheres?
fsil
Essa é uma pergunta que no começo me deixava sem resposta e posso dizer que até mesmo um pouco nervoso. Hoje, consigo entender o comentário e a minha resposta é bem pessoal: “Não posso aceitar que minha filha tenha menos oportunidades que meu filho” ou “Quero poder escolher os melhores TALENTOS para a minha organização, dentre todas as pessoas disponíveis e não somente 50%”. Acho que faço meu ponto aqui. Porém, em conversas com outros homens, senti que alguns gostariam de ser mais participativos nesse assunto.

Sim, conheci muitos homens que me confessaram a vontade de ser mais ativos em temas como equidade de gênero, por exemplo, mas encontram resistência de outros homens e, por incrível que pareça, de algumas mulheres. Pelo lado dos homens, o senso de “irmandade” e o medo de não ser aceito pelo grupo, fez alguns darem um passo para trás.

Já pelo prisma de algumas mulheres, os homens citaram o desconforto de falar sobre assunto sem ter muita - ou nenhuma - experiência sobre o tema, os olhares tortos que receberam de algumas mulheres quando falam sobre feminismo e, não menos importante, o medo de errar.

Acho os pontos acima super coerentes e posso dizer que me sentia assim, inclusive, algumas vezes, ainda enfrento certa resistência e olhares desconfiados. Porém,

minha vontade de falar e de mudar o status quo é maior. Entendo as minhas limitações e, por isso, estou sempre buscando conhecer mais – para errar menos.



Assim, falar sobre os temas relacionados a Diversidade & Inclusão de uma maneira mais natural e tive a sorte de encontrar no meu caminho mulheres e homens com vontade de me ajudar com dicas e feedbacks bastante acertivos. Passei a não ser mais o estranho nas rodas de conversa sobre o assunto.

Convido a todos os homens a falarem. Perguntem, busquem informação e falem. Vamos errar, mas acho mais importante a ação de nos posicionarmos do que o silêncio. No caso de um feedback não tão positivo, busquem aprender e bola pra frente, sem julgamentos, voltem a tentar. Arriscaria a dizer que o saldo será mais positivo.

Existem muitas fontes de informação e que funcionam como motivador adicional:
· “HeForShe” – iniciativa das Nações Unidas
· “Paradigm for Parity” – organização fundada por executivas e executivos americanos em 2016
· “Men as Allies Initiative”

Não precisamos fazer nenhuma grande revolução ou parada, é de pequenas vitórias acumuladas durante o tempo, que faremos a mudança, mas temos que começar hoje.

Ainda sigo aprendendo. Tem alguma dica para me dar? Estou esperando...

 

 

Bruno Bezerra

Bruno Bezerra, homem branco careca, pai de um casal de filhos que não aceita que a sua filha pode ter menos oportunidades por ser menina, afinal cria os dois iguais. Falo sim sobre Diversidade & Inclusão. Ex mágico, ex lutador de aikido e ex de outras muitas coisas que experimentei e não gostei... ou não tive o tempo para continuá-las.


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