E eu, como posso te ajudar?

Na maioria das vezes em que falamos sobre diversidade e inclusão, parece que a conversa gira em torno das ações da primeira - diversidade - e esquecemos da segunda - inclusão. Sem aqui querer dizer que diversidade é fácil, mas inclusão, ou o ato de incluir as pessoas, é realmente mais complicado pelo menos para as empresas, ou melhor, para seus respectivos líderes.

Em uma conversa com a minha mentora sobre o tema, ela veio com uma metáfora que ilustra bem essa questão: “Não é porque a pessoa foi convidada para a festa, que ela vai se sentir confortável para descer até a pista de dança”. Esse comentário me fez pensar muito em algumas das ações que tomo no dia a dia.

Muitas vezes nós como lideres pensamos que o simples convite para estar à mesa de reunião é ser inclusivo. Concordo que é o primeiro um importante passo, mas como estamos fomentando a particiação desses colegas? Estamos nos esforçando para que suas opiniões sejam levadas em conta e façam a diferença?

Buscando uma resposta, encontrei um estudo de 2014 sobre os efeitos da Inclusão em diferentes países e seu respectivo efeito nas empresas. Na média, Inclusão aumentou a colaboração entre os funcionários em 46% e a Inovação em 42%*. Além disso, identificaram o papel do líder e quais características que ela ou ele devem ter para fomentar a inclusão – Humildade, Empoderamento (ou fortalecimento da equipe), Coragem (para tomar alguns riscos) e Accountability (responsabilidade, essa de assumir para si).

Dentre todos esses comportamentos, empoderamento da equipe foi aquele que mais trouxe beneficios à inclusão. Concordo com isso, empoderar alguem é fazer com que ela possa colocar em prática suas idéias e tomar decisões que, mesmo que erradas, continuará empoderada para consertá-las. Eu acho que é isso que todos buscam nas empresas. Poder participar de maneira mais ativa de suas decisões e se sentir parte importante do todo. Esse estudo me impactou fortemente pela simplicidade e pelos comportamentos que os líderes de nossas organizações – e eu me incluo entre eles - podemos tomar para buscarmos melhores resultados.

De novo, não estou aqui dizendo que Inclusão é fácil, mas é menos complicado do que alguém poderia imaginar. Vale o esforço adicional e tomar consciência sobre o comportamento do líder e o impacto na organização. Eu tenho tentado, através de uma simples frase, fazer a minha parte “E eu, como posso te ajudar?”

*Inclusive Leadership: The View From Six Countries Catalyst, 2014