Que o tempo é relativo é muito fácil de entender. Três minutos pode ser uma eternidade se você espera por algo que quer muito. Três minutos é incrivelmente pouco se você vai abraçar alguém que ama pela última vez. Essa é a temática do documentário 3 minutos, um abraço.
Dia 12 de maio de 2018, a fronteira entre El Paso, Texas, e Ciudad Juarez, Mexico, foi aberta temporariamente para o encontro entre famílias separadas. A iniciativa, organizada pela Rede Fronteiriça pelos Direitos Humanos, permitiu que centenas de famílias mexicanas com questões imigratórias pudessem se reencontrar.
A angústia da espera, a felicidade do reencontro e a tristeza da separação são apenas algumas das emoções que somos tomados durante esse breve documentário. 28 minutos e 18 segundos é o tempo que ele dura para eternizar apenas 3. O valor do tempo, o poder do abraço. Depois desses 28 minutos, certamente ganharão um outro significado.
Como escreveu Cora Coralina:
Não sei… se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura… enquanto durar.