O Hélio vem em um momento especial celebrar a paz

Hélio acorda todos os dias muito cedo e faz suas orações. Pede por todos da sua comunidade mas, principalmente, pela paz mundial. Cada vez que vê algum atentado à vida, fica muito mal de nem ao menos conseguir ajudar o Zeca, o cara que se instalou no banco da praça. Não foi por falta de tentar mas ele não quer sair de lá por nada. Hélio já levou o Zeca no abrigo mas nada dele querer ficar. Isso já fez ele questionar inúmeras vezes o que ele está fazendo para o mundo. Não consegue salvar um homem, que dirá a humanidade!

A igreja que Hélio vive, fica ao lado de uma escola. Outro dia, viu dois meninos conversando. Foi se chegando como quem não quer nada, só para ouvir a história. Parece que tinha acontecido uma briga na classe. Um defendia o que começou a briga, o outro achava que ninguém tinha razão. E assim foram falando enquanto o ônibus não chegava. Nisso, o Zeca passou por eles. Evitou olhar para os meninos, de cabeça baixa, quase que corroborando sua condição de invisível. Os meninos pararam de falar. Zeca não era invisível, afinal. Um deles, abriu a mochila e tirou um papel alumínio meio amassado de dentro e foi entregar para o Zeca. Muito sem graça, ele aceitou, agradeceu o menino e se afastou.

O menino virou então e disse:

Sabe, seu padre, minha mãe mandou esse sanduíche de mortadela. Nem é o que eu mais gosto, mas quando vi esse homem lembrei de algo que meu pai sempre diz: “Eu me queixava que não podia comprar sapatos até que conheci um homem que não tinha os pés.”

 

 

Se quiser saber mais sobre nossos projetos ou se tiver interesse em contribuir de alguma forma com conteúdo alinhado ao nosso propósito ou ideias, envie-nos uma mensagem que entraremos em contato com você o mais rápido possível!.