Antes de conhecer a Laura eu já sabia quem ela era, ela tem uma aparência diferente do resto dos alunos da escola e eu já sabia todos seus apelidos. O Caio a chamava de Pinky, para a Beta ela era Laurinha, o Fuso a chamava de Chiclete e a Nana, de Grudinho.
Ela é rosa, bem rosa, de cima abaixo, até o cabelo dela é rosa e parece que seu cabelo é feito de pele rosa. Ela também não tem pernas como as nossas, são pernas como tentáculos de um polvo só que grudados uns nos outros. É difícil explicar como ela se parece, mas é fácil te contar o porque ela é especial, ela é feliz.
A Laura é muito feliz, ela sempre tem um sorriso estampado no rosto. Isso não quer dizer que ela não fique brava ou triste, tem dias assim, sim. Mas mesmo nesses dias ela parece feliz, como se ela tivesse uma certeza que aqueles sentimentos são passageiros. Ela está certa, a braveza passa, a tristeza passa, o medo, a felicidade e todos os outros também passam. Passam e as vezes se misturam num enorme turbilhão. E a Laura? Feliz.
Ela não se importa com os apelidos e o fato dela ser diferente parece fortalecer seus poderes. Não são super poderes, mas sim poderes humanos como: resiliência, compaixão e respeito. Ela também tem o poder do skate. Sempre foi uma ótima skatista, começou cedo, lembro dela na 2a série com seu skate para cima e para baixo e hoje até já ganhou campeonatos pelo mundo todo.
A felicidade de Laura é contagiante! As pessoas, ao seu lado, parecem ser envolvidas nessa alegria toda.