Nada como a convivência para a gente dar uma chance de conhecer melhor uma pessoa. As primeiras vezes que vi o Markus, tinha certeza que ele era muito sério. Cara fechada e nada de sorriso.
Só fachada… O mau humor aparente é puro sarcasmo e, na maioria das vezes, um teste de paciência. Tudo isso só para esconder um coração enorme. E olha que eu testo a paciência dele:
– Markus, pode falar?
– Markus, me ajuda?
– Markus, o que você acha disso?
Sabe que levei um tempo para me acostumar com o nome dele, mas um dia, fomos num evento e a recepcionista me fez nunca mais esquecer.
– Bom dia! O nome do senhor?
– Markus, com K.
– Aqui está seu crachá.
Lê-se então: Marcos K”
Uma das coisas que admiro nele é a capacidade de ouvir e estar presente quando você precisa de alguém para compartilhar. É do time que perde o amigo mas não perde a piada, sempre dá um jeito de fazer um comentário ácido quando eu dou uma escorregada. E, apesar do seu jeito de “nem ligo para isso”, sempre atento a não fazer outros esperarem e preocupado em não causar desconforto a ninguém, mesmo que isso signifique almoçar correndo e ter que esperar alguém que se atrasou para a reunião. Às vezes o vejo como um visitante de outro planeta, dando risada do nosso mundo imperfeito aqui.