Espelho, espelho meu, existe alguém mais empático do que eu?

Pessoas que se consideram empáticas, têm uma tendência a acolher com mais facilidade a dor do próximo, do que a sua própria dor.

Quando falamos de empatia, é de extrema importância reforçar que estamos falando sempre de algo relacionado ao outro, e não a nós mesmos, neste sentido, o conceito de ‘auto empatia’ é algo controverso.

Nesse mês da empatia, escrevo esse artigo compartilhando um grande aprendizado que tive com as fundadoras de Carlotas: sim, precisamos ser mais empáticos com os outros, e sim, precisamos olhar com mais leveza e gentileza para nós mesmos – e o mais importante, não podemos confundir as coisas.

Vivemos dias corridos, todos nós temos a sensação de que o tempo está passando mais rápido, ainda mais com as facilidades do mundo virtual tão presente em nossas rotinas, muitas vezes nos pegamos fazendo de forma natural e espontânea mais de uma coisa ao mesmo tempo, na intenção de otimizar o nosso dia e o nosso tempo.

Fazemos de tudo pela nossa família, nossos amigos, nosso trabalho, mas e nós? Será que dá tempo de reservar um momento de se olhar amorosamente no espelho?

Se olhar de verdade, não somente para ajeitar o cabelo ou passar um batom, mas para observar a pessoa que você se tornou.

Experimente acolher quem você é. Se permita notar cada nova marca de expressão que surgiu no seu rosto nos últimos tempos, porque este é um sinal de que você está vivendo e amadurecendo!

Perceba de forma amorosa cada novo fio de cabelo branco que surgiu na sua cabeça, porque o cabelo branco é um sinal de sabedoria e se por acaso você perceber que já são muitos, celebre muito! Mesmo que você opte por colori-los, antes, note e agradeça a presença deles!

Celebre que você tem a liberdade de escolher se quer que eles sejam brancos, pretos, amarelos, azul, marrom, cor de rosa… ou de qualquer outra cor que você quiser experimentar… é o seu cabelo! Note seu corpo sem julgamento, se aumentou, se diminuiu, não importa, apenas repare que ele existe.

Acolha cada lágrima que eventualmente sair do seu rosto, seja de alegria ou de tristeza, não importa o motivo.

Se elas estão saindo é porque estão lavando você de dentro para fora, são as suas emoções fluindo.

Um mundo mais gentil, só será possível com pessoas mais gentis, principalmente com elas mesmas, pois ninguém consegue dar o que não tem por dentro.

Antes de olhar para a dor do outro, experimente perceber a sua própria dor. Faça as pazes com ela e com o seu espelho. Se olhe, se note, se acolha, se ame, se enxergue, se abrace, se sinta, se perdoe, se note, se agradeça, se cure.

Perceba que não existe nada mais valioso no mundo do que você ser verdadeiro com você mesmo e com suas emoções.

Se precisar de um abraço, peça, se precisar de uma voz, converse, se precisar de um silêncio, medite, se precisar de uma cor, se pinte.

Experimente proporcionar um novo olhar para você mesmo, faça de coração o que você faria para alguém que está numa situação de vulnerabilidade.

Afinal, esse alguém pode estar numa situação muito semelhante à sua, e talvez nesse momento você nem consiga ver isso com os seus próprios olhos.

Esse é mais um bom motivo para fazer as pazes com o espelho e com você mesmo.

Empatia não faz mal a ninguém. Use e abuse sem limites e sem moderação, mas não se perca no caminho e não deixe de olhar, de forma amorosa, para você também.

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