Essa é a Val, uma mulher que carrega um nome de origem na mitologia de povos nórdicos e germânicos, “Walküre” (em português: “As Valquírias”).
Sempre soube que ela a esta terra gelada pertencia.
Você pode até querer provar o contrário, mas vou logo dizendo: uma mulher batizada com a graça de quem tem a função de “escolher mortos” e formar um exército de soldados valiosos – e de quebra ainda inspira uma ópera de Wagner que influenciou uma das trilhas sonoras mais famosas do cinema em todo o mundo– não se deixa abater facilmente. Escuta aí e me diz, se tem potência ou não*?
Val é uma Valquíria, portanto, mulher sábia que encara as batalhas da vida com um escudo que ilumina os céus e de peito aberto, como quando chegou a Carlotas para ajudar a construir um mundo mais justo – uma batalha que parece derrotada, mas da qual ela não pode desistir.
Seus passos são refletidos e certeiros, menos quando ela se joga da cama de manhã pra correr, coisa que ela não gosta muito de fazer. Quando ela passa, os olhares se voltam todos à essa sua figura ímpar em terra de pouca cor. Deve ser cansativo ser ímã de gente curiosa o tempo todo…é claro que ela percebe, mas dá um “seliguedoido” na galera, alinha a coluna, ergue a cabeça e segue em frente. Exuberante!
Não é daqui? Val é daqui, é de lá e vai ser sempre uma mulher que faz a diferença onde ela quiser!
*Wagner: Walküre / Levine na Filarmônica de Berlim.
*Imagem da capa: Lyle Hastie via Unsplash.