Quando a invisibilidade não é um superpoder

A imagem é uma arte digital abstrata que apresenta a silhueta de uma pessoa sentada, de perfil, em uma pose introspectiva. A figura está desenhada em preto e branco, com partes do corpo integradas a formas geométricas coloridas, como quadrados e retângulos em tons de vermelho, laranja e amarelo. O estilo da imagem é minimalista, com o uso de cores para destacar partes específicas do corpo, como a cabeça e o tronco. A figura parece estar fundida com essas formas geométricas, sugerindo um tema de fragmentação ou reflexão interna. A pessoa está sentada com as pernas dobradas, os braços apoiados nas pernas e a cabeça ligeiramente inclinada para baixo, transmitindo uma sensação de contemplação ou melancolia. O fundo da imagem é vazio, em um tom claro que contrasta com a escuridão da figura e as cores vibrantes das formas geométricas. A composição evoca uma sensação de solidão, reflexão ou talvez a luta entre a identidade individual e a pressão externa. (Quando a invisibilidade não é um superpoder. )

“Se você fosse um super-herói, qual superpoder gostaria de ter?”

Quase todo mundo já respondeu essa pergunta numa brincadeira entre amigos ou numa entrevista de emprego, rs. Com certeza muitas pessoas disseram: ser invisível!

Parece bem atraente poder estar em lugares sem que você seja percebido (a), ver reações, ouvir conversas e segredos, né? Mas infelizmente se olharmos ao redor, podemos perceber um grupo que tem sentido na pele em inúmeras situações esse “superpoder” – as pessoas com deficiência.

No mês em que celebramos o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência não precisamos ir longe para perceber o quanto a invisibilidade impacta esse grupo: escrevo esse texto em uma segunda-feira, 02/09, 15h30 e a delegação brasileira nas Paraolimpíadas já conquistou 35 medalhas – e até que eu termine esse artigo esse número pode mudar.

Mas eu te pergunto:

O quanto você tem visto de notícias relacionadas a estas conquistas?

Onde estão sendo realizadas as transmissões ao vivo das competições?

A abertura dos Jogos, quem assistiu?

Você consegue listar o nome de 3 desses medalhistas?

E o dia a dia não é diferente. Sabe como a gente replica essa invisibilidade mesmo “sem querer” em nossa rotina?

Quando a gente pergunta para o acompanhante o que uma pessoa usuária de cadeira de rodas quer comer e não para ela; quando em uma conversa em que há um intérprete de libras a gente fala olhando para ele e não para a pessoa surda com a qual estamos nos comunicando; quando não fazemos nossa autodescrição em um evento em que há pessoas cegas na plateia.

E nos ambientes corporativos, como essa invisibilidade é praticada?

Quando a gente não considera a capacidade (capacitismo) e conhecimento de uma pessoa com deficiência para um cargo superior, quando DEI está nas prioridades da empresa, mas o projeto mais importante do ano esquece de considerar a acessibilidade como item fundamental para o seu lançamento, quando acreditamos que ter apenas um banheiro acessível numa área de muitos metros quadrados é suficiente, quando por não sabermos Libras preferimos nem tentar nos comunicar com uma pessoa surda, ou quando a Lei de Cotas não é minimamente cumprida (dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que apenas 53% das vagas reservadas estão ocupadas).

No entanto, eu acredito que existem duas “kryptonitas” capazes de acabar com esse superpoder da invisibilidade – que nesse caso não tem nada de super – conhecimento e ação!

Por isso, Carlotas acaba de lançar um GUIA com informações super relevantes sobre o tema, dicas e práticas para potencializar a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente corporativo. VOCÊ PODE BAIXAR AQUI. Leia, compartilhe e faça diferente na próxima vez, afinal, incluir é agir.

Ah, são 16h05 e já ganhamos mais uma medalha – eu avisei – agora são 36 😉

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