Marcadores Sociais e seus impactos na inclusão e diversidade. Somos diversos e temos que entender o que isso impacta nas nossas vidas. Não é uma opção aceitarmos esta afirmação, é a realidade. Agora, a questão passa a ser como participamos ativamente da inclusão.
Cada um de nós experiencia a vida de maneira diferente a partir dos seus marcadores sociais. Ou seja, cada característica nossa, nos coloca em um lugar diferente da sociedade com privilégios ou desprivilégios que marcam nossa participação nos espaços que circulamos.
Por isso, um dos conceitos base para reconhecermos que espaços são esses que participamos na sociedade é o de Marcadores Sociais.
Os marcadores sociais são características ou atributos socialmente construídos usados para categorizar pessoas em diferentes grupos sociais ou para diferenciar indivíduos dentro de um mesmo grupo social.
Esses marcadores podem ser baseados em características como: idade, gênero, etnia, orientação sexual, religião, classe social, ocupação, aparência física, entre outros.
Quando pensamos em diversidade, principalmente nas empresas, acabamos falando de 6 grandes grupos: gênero, gerações, LGBTI+, pessoas com deficiência, raça/etnia e religião. Eles são marcadores sociais e, infelizmente, influenciam de forma significativa a maneira como as pessoas são tratadas e percebidas pela sociedade. Têm relação direta na experiência de uma pessoa no lugar onde vive, e determina oportunidades, privilégio, acesso a recursos e o tratamento que recebe por parte de instituições e indivíduos. Por isso, muitas vezes, acabam sendo a base da construção de estereótipos, preconceitos e discriminação.
Quando olhamos o marcador social de gênero, por exemplo, percebemos que frequentemente é usado para discriminar as mulheres em muitos contextos, como no mercado de trabalho e na política. Quando abordarmos cada um dos marcadores, ficará claro o impacto de fazer parte desses grupos.
O ponto central é perceber que o marcador social em si apenas categoriza, classifica e/ou atribui característica a pessoas ou grupos. O que prejudica é vivermos em um padrão de referência específico que coloca esses marcadores como “errado”.
Vale destacar que os marcadores sociais não são independentes uns dos outros, mas podem se interseccionar, criando experiências únicas e complexas para as pessoas. Esse é um tema para uma próxima reflexão, mas por enquanto: Como você acredita que experencia sua vida na sociedade?
Parte desse artigo está no Livro Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento – O Poder Transformador das Relações, capítulo 2.
Gostou do texto: “Marcadores Sociais e meu Lugar na Sociedade”?
Leia também: “Para além do discurso: Diversidade, Equidade e Inclusão levada a sério”
