A empatia está presente no nosso dia-a-dia, é só olhar com atenção

Eu tenho uma filha de 6 anos, Laura. Ela é esperta, super comunicativa e articulada, além de organizadíssima (em todos os aspectos). Laura é uma menina criativa, ama dança, música e animais. Carinhosa e cheia de energia, ela é uma menina que não suporta injustiças, de forma nenhuma.

Há algumas semanas Laura chegou da escola e tivemos a seguinte conversa:

– Mamãe, hoje na escola o pessoal do quinto ano passou na nossa sala e contou a história de uma mulher negra que um dia sentou no lugar de um branco e foi presa. Faz bastante tempo isso, mas aconteceu de verdade. O nome dela era Rosa (Rosa Parks).

– Poxa filha, que bacana você ter conhecido essa história. É uma história real mesmo e que mudou o rumo das histórias de muitas pessoas negras.

– Eles contaram também, mamãe, que ela tinha um amigo (Martim Luther King) que morreu porque defendia as pessoas negras.

– Defendia de que filha?

– Ah, acho que das pessoas que não gostavam delas e não deixavam elas andarem de ônibus.

– E o que você achou dessa história?

– Não entendi porque as pessoas negras não podiam andar de ônibus. Não tem nada a ver isso. Todo mundo pode andar de ônibus e sentar onde quiser, não é?

– Mas porque você se preocupa com isso, filha? Você não é negra (Dei uma provocadinha!)

– Porque não é justo que as pessoas negras não possam fazer coisas só porque elas são negras. Se eu fosse a Rosa teria ficado muito triste.

Isso é empatia

Eu tenho também um filho de 8 anos, Bernardo, que ama ouvir e contar histórias. Ele é um garoto cheio de imaginação, ama os livros mesmo antes de saber decifrar as letras e tem se mostrado um carinha supersensível às mazelas e às belezas desse nosso mundo.

Ontem, Bernardo chegou da escola e tivemos essa conversa:

– Mamãe hoje comecei a escrever a história de uma menina que se chama Isadora e que tem um sonho de que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens.

– Uau, Bê. Que história bacana, filho. E o que a Isadora faz pra isso?

– Ah, a história começa quando ela quer estudar e um homem diz pra ela que meninas não podem estudar. Ela fica muito triste e resolve fazer um cartaz escrito: Direitos iguais para meninos e meninas. O homem briga com ela e ela explica pra ele que não tem nada a ver isso. Que as meninas também podem estudar. Depois ela está andando na rua e vê um homem dizendo pra uma mulher que mulheres não podem trabalhar. Ela chega perto do homem e diz que isso é errado e que as mulheres podem e vão trabalhar sim … E assim vai. Ainda não terminei.

– Poxa, muito legal, Bê. Mas porque você está preocupado com isso? Você não é mulher (Dei uma provocadinha, de novo)

– Ué, porque não é justo as mulheres não poderem fazer o que elas querem só porque são mulheres, né, mamãe?

Isso também é empatia

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