O documentário “A Única Mulher na Orquestra” é um curta-metragem de 35 minutos, disponível no Netflix, que conta a história da contrabaixista Orin O’Brien, pelos olhos da sua sobrinha, Molly O’Brien. A obra é uma celebração da única mulher na Filarmônica de Nova York em 1966.
Na época, não havia um vestiário feminino para ela se trocar, o que simbolizava não apenas a ausência de infraestrutura para mulheres, mas também as barreiras culturais que ela teve que enfrentar como pioneira em um ambiente predominantemente masculino.
No filme, gravado em 2023, Orin não está mais na orquestra, mas segue tocando e vivendo de música. A conhecemos em um momento em que ela está se aposentando e de mudança do apartamento que viveu por muitos anos.
O’Brien conta uma história de quando era estudante na escola de música Julliard e o condutor parou a orquestra e chamou sua atenção por estar trazendo muita vibração aos seus acordes. Ela se sentiu humilhada quando ouviu dele “você acha que você é parte da melodia? Não. Seu papel é de coadjuvante.” Mas ela diz que aprendeu algo valioso, e eu aprendi com ela, nas palavras de Orin O’Brien:
“Você é o apoio para o que está acontecendo. Você é o chão debaixo de todas aquelas pessoas, que poderia desmoronar se não fosse seguro. Então, é um sentimento de orgulho, mas é um papel coadjuvante.”
Sobre esse papel secundário na orquestra ela acrescenta: “Acho que é importante fazer algo por si só e pelas pessoas que estão lá tocando com você. Vocês estão criando algo juntos, o que é melhor do que criar algo sozinho.”
O filme retrata a força e determinação de O’Brien, uma personagem inspiradora. Ganhador do Oscar de melhor documentário de curta metragem em 2024 é uma obra imperdível!
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