Afinal, o que é justiça social?

Dia 20 de fevereiro é comemorado o dia mundial da Justiça Social.

Afinal, o que isso significa?

De uma maneira bem simples para compreender é assegurar a todos e todas os direitos básicos como alimentação, moradia, saúde, educação, justiça, trabalho, manifestação cultural. Consiste no compromisso que temos como nação em buscar mecanismos que compensem as desigualdades sociais geradas pelo mercado e pelas diferenças sociais.

Propositalmente, me inclui ao escrever nação, pois entendo que a responsabilidade não pertence apenas ao estado e organizações não governamentais. Acredito que se não nos responsabilizarmos trazendo novas formas para melhorar a vida de pessoas socialmente vulneráveis, não teremos muito o que comemorar.

Trago apenas dois pontos para refletir.

Justiça Social e a Igualdade de raça, gênero e orientação sexual

Em 2022, o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer — o que representa 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome (fonte – senado – Retorno do Brasil ao Mapa da Fome da ONU preocupa senadores e estudiosos — Senado Notícias). Não posso deixar de citar aqui a tragédia humanitária na terra Yanomami, onde milhares de indígenas estão famintos e doentes.

O termo Justiça Social também está relacionado com a garantia de igualdade de raça, gênero e orientação sexual. O estudo “Violência armada e racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial”, do Instituto Sou da Paz, mostra que dos 30 mil assassinatos por agressão armada em 2019, 78% foram contra pessoas negras.

Se acrescentasse aqui dados sobre a educação, saúde, moradia, infelizmente também não seriam positivos e, portanto, deixarei aqui uma pergunta para reflexão.

De que forma tenho contribuído ou posso contribuir para a construção de uma sociedade em que há garantia de direitos?

Justiça social é promover a Equidade

Falar em justiça social é também falar de equidade e aqui a conexão com o que nós em Carlotas pensamos, é total. Equidade é reconhecer que não somos iguais e que, portanto, devemos levar em conta as especificidades de cada pessoa da maneira mais democrática possível para que ninguém seja excluído, discriminado ou desfavorecido. Cito aqui uma das instituições parceiras de Carlotas – Think Twice – que elaborou um projeto chamado Escola de Mudadores. Escrevemos sobre ele no jornal (ESCOLA DE MUDADORES), e de forma didática, Fernanda Farina traz a diferença entre igualdade e equidade.

Olhar para cada indivíduo como único, promover senso de pertencimento e fornecer meios para que pessoas de diferentes contextos obtenham as mesmas oportunidades são pontos que estão relacionados com o ser e fazer de Carlotas. Esperamos que no futuro o objetivo da justiça social esteja realmente mais perto da realidade do que apenas dos discursos.

Se quiser saber mais sobre nossos projetos ou se tiver interesse em contribuir de alguma forma com conteúdo alinhado ao nosso propósito ou ideias, envie-nos uma mensagem que entraremos em contato com você o mais rápido possível!.