As viagens de Joana e o monstro do Vírus

Joana é uma menina muito inteligente, divertida, criativa e cheia de amigos. Sempre que sua mente vai longe ela entra no Mundo de Carlotas. E o que é esse mundo, vocês devem estar se perguntando? É onde cada um pode expressar suas emoções do seu jeito, como pensa, onde não existe nada perfeito e a vida é construída em conjunto, mas enxergando a individualidade de cada um.

Um dia, a Joana estava andando distraída e acabou se perdendo em outro mundo, onde encontrou o monstro do Vírus, e quando se deu conta, estava se sentindo fraca e doente, com o nariz escorrendo. Sua mãe disse que ela precisava ficar em casa, não ia poder ver seus amigos e nem ir para a escola, que ela sempre adorou. Ela ficou muito, muito triste. Acontece que muitas outras pessoas também foram para esse mundo, e precisaram ficar dentro das suas casas. Seus professores, seus amigos da escola, seus vizinhos, sua prima que morava na Bahia.

Ela pensou que não ia ter mais nada para fazer, nem ir à praça perto da onde ela mora. Nem olhou para sua mãe, só entrou no quarto, fechou a porta, se enfiou embaixo da cama para fazer aquilo desaparecer e entrar no Mundo de Carlotas de novo.

Então ela tomou um susto: pela primeira vez em muito tempo ela conseguiu escutar o coração batendo, percebeu que um passarinho estava cantando na janela e encontrou uma carta muito linda que uma amiga tinha escrito para ela meses atrás, que a fez chorar de emoção.

Olhou para seu quarto e viu uma pilha de livros que ela tinha deixado de lado, já que nos últimos tempos tinha ficado com os olhos grudados no seu celular. Resolveu pegar um deles para passar o tempo. Leu até pegar no sono, e sonhou com as histórias incríveis que tinha esquecido que podiam existir.

A Joana foi percebendo que ficar um pouco quietinha não era tão ruim assim. É verdade que durante vários dias ela se sentiu triste e com medo de perder as coisas e pessoas que ela gostava. Mas também fazia ela prestar mais atenção em si própria, descobrir novas atividades e passar mais tempo com a família e o Totó, seu cachorro que adorava brincar, e que ela não tinha dado mais muita bola. Ela viu que podia ter aulas mesmo sem ir até a escola, já que as professoras fizeram vários vídeos explicando as coisas pra ela.

Até personagens feitos de pregador ela inventou: o Chico, a Ju, o Joãozinho. Fez bolo de chocolate na caneca com sua irmã, ouviu várias músicas que traziam calma nas horas em que ela sentia mais raiva, tristeza, desespero ou insatisfação com a vida.

E não é que no fim ela gostou? Foram vários dias, que pareceram durar muito tempo, quase como se não fossem acabar, mas que aproximaram a Joana dela mesma e das pessoas que ela tanto ama. Um tempo que ela aprendeu a valorizar, usar para sua vida e se descobrir.

 

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