No dia 22 de março, a Rede Brasil do Pacto Global lançou uma mobilização em prol da equidade de gênero – campanha #BoteNaMesa. Carlotas apoia e convida a todas as empresas para unir esforços e potencializar esse movimento e colaborar com a agenda 2030 da ONU, mais precisamente, o ODS 5 – Equidade de Gênero.
O nome da campanha é uma resposta a essa expressão machista que sempre assimilou a força, determinação, a uma postura de fibra, e ao mesmo tempo constrói uma referência excludente. O movimento visa, além de ressignificar essa expressão, promover mudanças estruturantes em relação à equidade de gênero nas empresas.
Analisando alguns dados fica clara a necessidade de desmistificar as justificativas utilizadas historicamente para ter esmagadoramente mais homens na liderança. Confira:
_ Segundo a própria campanha “cerca de 80% dos cargos de liderança atualmente são ocupados por homens.”
_ Sobre ensino superior completo, item fundamental no check list dos processos de contratação, 19,4% das mulheres com 25 anos ou mais tem. Sem dúvidas esse número é baixo, mas ainda sim são 4% a mais do que os homens, cuja a taxa é de 15,1%. (Fonte IBGE Educa 2019)
_ Em 2019, o salário médio mensal dos homens no Brasil foi de R$ 2.555, enquanto o das mulheres foi de R$ 1.985.(Fonte IBGE Educa 2019)
_ Em uma pesquisa realizada pela McKinsey em 2017 já apontava a equidade de gênero relacionada tanto na lucratividade, quanto na geração de valor, empresas que contavam com diversidade de gênero em suas equipes executivas eram 15% mais propensas a ter lucratividade acima da média do que as demais empresas.
Portanto, equidade de gênero é uma pauta social urgente e estratégica para os negócios! A sociedade não acontece da porta para fora das organizações. O preconceito e a discriminação são frutos de uma produção social, portanto, cada pessoa é responsável e tem um papel fundamental na transformação desse tema.
Quando e como devemos mudar? Agora mesmo! Vamos juntas(os) nessa mudança!
Compartilhamos significativas práticas que podemos iniciar imediatamente:
_ Ler e se inteirar mais sobre o assunto, é importante significá-lo em todas as instâncias da sua vida;
_ Dar luz aos vieses inconscientes, só assim conseguirá trabalhar a quebra deles. Recomendamos esse vídeo que está na playlist de Referências no YouTube de Carlotas.
_ Treinar ativamente o reconhecimento dos seus próprios vieses e estimular que o time faça o mesmo;
_ Levar a temática para suas interações com o time e até mesmo como pauta formal de reuniões de área e da empresa;
_ Rever suas práticas no trabalho: distribuição de desafios às pessoas na sua equipe, processo de seleção, espaço de fala igualitário e processo de promoção;
_ Impulsionar práticas inclusivas em sua empresa – processo de recrutamento e seleção, formação continuada, modelo de gestão e competências socioemocionais nos planos de desenvolvimento individual “PDI”;
_ Ao presenciar alguma situação ofensiva, de discriminação ou preconceito, se posicione contrariamente, use o seu feeling para saber a melhor forma de dar o feedback. Mas lembre-se o não posicionamento é um posicionamento.
Em um mundo mais generoso e diverso, cabem todas as pessoas!
#BoteNaMesa a equidade, o respeito, mais mulheres na liderança!