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Educação Inclusiva com Marta Gil

Tivemos o prazer de gravar um bate-papo sobre educação Inclusiva com a Marta Gil, socióloga, consultora e escritora de livros, artigos e publicações sobre o tema deficiência e coordenadora executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisa. Marta é uma referência em educação inclusiva e em setembro de 2019 dividimos o mesmo palco em uma palestra sobre o tema. Deste encontro nasceu a possibilidade de tornar esse diálogo aberto ao público.

Marta conviveu com pessoas com deficiência (PCD) desde sua infância, seu pai e irmã tinham uma deficiência física, sua tia tinha Síndrome de Down, toda a família soube lidar com essas individualidades com naturalidade e acolhimento fazendo com que ela praticamente não reparasse ou considerasse essas questões no seu dia a dia.

Trazendo esse conceito para as escolas, Marta defende uma educação inclusiva desde o primário.

Muito além da socialização das PCD, a educação inclusiva estimula os outros alunos e professores a desenvolverem plasticidade em diversas habilidades como criatividade, comunicação, melhora o aspecto cognitivo além de tornar o ensino mais rico e diverso.

Felizmente, as matrículas de PCD em escolas convencionais aumentaram enquanto as matrículas de PCD em escolas especiais vêm diminuindo, principalmente na rede pública. Isso mostra o resultado de diversos estudos comprovando os benefícios de uma educação inclusiva, porém o próximo desafio é dar qualidade à essa inclusão: capacitar professores, orientar famílias e alunos para que pessoas com deficiência sejam integralmente incluídas com equidade e respeito. Muitos alunos ficam isolados no recreio, passam o ano inteiro desenhando, e os professores, que querem ajudar da melhor forma, não são instruídos de como fazer essa inclusão. É necessário uma mobilização institucional para que a inclusão seja realizada com qualidade.

Como exemplo de uma educação inclusiva de qualidade, em Curitiba existe uma escola de educação infantil chamada “Mundo Para Todo Mundo”. Eles trabalham com crianças de forma inclusiva desde pequenos, com isso elas interagem com muito mais facilidade. A sociedade também está se desenvolvendo e se aprimorando nesse aspecto. Vemos situações pontuais, por exemplo o caso dos policiais do IIG (Instituto de Identificação de Goiás) que resolveram cantar uma música (Baby Shark) para criar vínculos com Daniel Nahin Ramos Moreira, criança com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) de 2 anos para que eles conseguissem coletar as digitais do garoto para fazer o documento de identidade dele.

Como Marta, acreditamos que não somente as crianças com deficiência que ganham com a inclusão, são todas as pessoas à sua volta!

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