Enzo sempre foi um menino rápido, por onde passava era zzzzzuuuummm, vrrrruuummm e mal parava para conversar. Uma pressa sem fim, que desde pequeno fazia com que ele mal escutasse sua mãe falar “vai com caaaaaalma menino”, “cuidado pra não se machucaaaaaar”.
Sempre nessa urgência, e com muito amor pela velocidade, passou da motoca, para o skate, para a bike e quando completou 18 anos ele realizou o sonho: comprar uma moto e zzzzuuuuummmmmm. No trabalho era a mesma coisa, ele leva a velocidade junto ao seu talento com os números e hoje é uma pessoa importante na bolsa de valores e nas vendas e trocas de ações ele zuuuummmmmmmmmm, pliiiiiiiiiimmmmmmmmmm.
E foi numa curva da vida que Enzo desacelerou. Quando percebeu tinha um carro bem ali, na sua frente e: “PAH!”. E por algum tempo Enzo precisou parar, escutar e entender que, de vez em quando, era preciso diminuir a velocidade, prestar atenção, tomar mais cuidado e estar presente ali, parado, estático. Não foi fácil para ele, lembro de quando fui visitá-lo e o tempo passou devagar, ele estava muito abatido e ch
E mais importante, depois daquele carro no meio do caminho ele percebeu também o quanto ele é importante para todos que o amam, aqueles que se preocupam com seu bem estar e querem ele sempre por perto.
Hoje, ele continua amando velocidade, mas agora ele trabalha para criar soluções seguras para quem gosta de correr por aíííííííííí.