Infâncias plurais

Infâncias plurais: crianças brincando com bola de sabão

5, 4, 3, 2, 1!!!

Com um sorriso no rosto e uma alegria que pulsa dentro de mim que inicio essa nossa conversa contando! E se eu não estiver enganada, tenho quase certeza de que você iniciou esse texto também lendo em contagem regressiva. Hehehe, acertei?

Se sim, você tem dentro de você aquela criança brincante. 

A criança que explorava e entrava na brincadeira, no faz de conta, no mundo da imaginação… E é com essa alegria em resgatar algo tão simples da minha infância que quero te convidar a embarcar em uma viagem pelo universo das infâncias, repleta de histórias – algumas felizes e outras tristes – mas que nos convida a refletir e dialogar sobre a importância da infância na vida de uma criança.

Dialogar sobre as infâncias é um verdadeiro arsenal de diversidade e possibilidades de vidas, chegadas, encontros, reencontros e partidas. Pois para mim, pensar na infância é pensar na pluralidade de vidas, oportunidades, contextos e olhares diversos. É quando deve – ou deveria – ser uma fase mágica da vida, pois ela  acontece quando somos crianças, pequenos seres cheios de criatividade e curiosidade, onde tudo é possível, tudo pode acontecer, nem que seja por alguns instantes no mundo da imaginação.

Lá atrás, bem antigamente, as pessoas enxergavam as crianças de um jeito bem diferente.

As crianças eram tratadas como adultos em miniatura, prontinhas para virarem gente grande. Imagine só, os pequenos com tamanha responsabilidade!

Aí, a modernidade chegou com sua capacidade de super-herói, mudando as coisas. Como? Vamos ver! Ela nos mostrou que criança é criança, com seu mundo único e especial. Se antes da infância era uma etapa para ser adulto, agora era uma jornada cheia de descobertas. Ufa! Que bom, não acha?

Por isso, foi pensando em promover uma reflexão sobre as condições em que as meninas e meninos vivem no mundo inteiro que a UNICEF criou, no dia 24 de agosto, o Dia da Infância. Dados, relatos e experiências também nos fazem refletir sobre como as concepções de infância são tão diferentes quanto as brincadeiras que as crianças inventam.

Pensa só: uma criança que nasce na zona urbana, no meio dos prédios e ruas movimentadas, pode se divertir de patins, pulando corda ou até brincando de esconderijo nos prédios. Já na zona rural, com campos vastos e bichinhos, as crianças podem correr pela plantação, criar histórias com os animais e construir cabanas no meio do mato. E também tem as crianças que vivem na praia e aí, a diversão é molhada: construir castelos de areia, catar conchas e correr das ondas do mar.

Já que existem diferentes concepções de infância, que tal embarcarmos numa diversidade de documentários e filmes pra lá de reflexivos e inspiradores a fim de compreendermos que, de fato, as infâncias são mesmo plurais!

Para começar, quando penso na palavra infância, a primeira coisa que me vem à mente são as brincadeiras! E olha que não são poucas…

Sendo assim, pensar na infância é pensar também sobre a importância de brincar na vida de uma criança. Conheça o documentário: “O Começo da Vida – Brincar” e descubra que é no brincar que a criança aprende e se desenvolve.

É nessa brincadeira que ela tem a oportunidade de descobrir quem ela é, seus desejos e assim, desde pequena, começa a ser mais autônoma e autoconfiante.

Trago também um clássico da nossa cultura brasileira: “O Menino Maluquinho”, aquele garoto que adora aventuras, mostrando que cada um tem sua própria forma de viver a infância. Pode assistir aqui!

E por último, te convido também a refletir sobre o documentário: “Ser Criança – Um Olhar para a Infância e a Juventude Diante do Trabalho no Brasil”. É uma reflexão onde podemos mergulhar de forma inédita em um tema latente e profundo no nosso país: o trabalho infantil. Mais de dois milhões de crianças são afetadas por diferentes formas de trabalho no país.

Essa nossa conversa não para por aqui, novas reflexões e trocas podemos construir juntos(as) em prol da busca e garantia de uma infância feliz e segura para as nossas crianças do mundo inteiro.

Mas agora, eu quero saber: Como foi a sua infância? Você era mais do tempo das brincadeiras ao ar livre ou da turma dos desenhos na TV? Era um(a) super detetive desvendando mistérios ou um(a) explorador(a) de mundos imaginários?

No fim das contas, a infância é como um livro de histórias cheio de páginas em branco, prontas para serem preenchidas com momentos mágicos e verdadeiros.

Então, vamos fazer um convite para sua criança interior? Que tal viver um pouquinho da sua infância hoje? 

>Artigo postado originalmente em 24 de agosto de 2023 e repostado para a data do dia nacional da infância em 24 de agosto de 2024.

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