Junho e a relação de cuidado na educação

A imagem mostra várias mãos de diferentes pessoas unidas em um círculo sobre uma toalha de mesa com estampa de flores coloridas, principalmente em tons de verde, vermelho e amarelo. No centro do círculo de mãos, há uma folha de papel com a seguinte frase escrita à mão em vermelho: "Tudo que nóis tem é Nóis." A frase é atribuída ao artista "EMICIDA", com o nome dele escrito e sublinhado na parte inferior direita da folha. A imagem transmite uma mensagem de união, apoio mútuo e solidariedade.

Seguimos com mais um mês carregado de afeto e muitas descobertas na educação. Dessa vez, tivemos a oportunidade de dialogar sobre as relações de cuidado com as escolas parceiras. Esse foi o tema do nosso segundo encontro do ano com professores(as) e funcionários(as). Partimos do macro, ou seja, tudo o que existe e vive precisa ser cuidado para continuar a existir e a viver: uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra. O cuidado é uma prática essencial que permeia todas as esferas da vida, pois tudo o que existe e vive requer cuidado para continuar prosperando. Seja cuidando de nós mesmos, dos outros ou do ambiente.

Cuidar vai além de um simples ato; é uma atitude, uma ação que nos leva ao ato de manutenção, preservação e responsabilidade. O cuidado que nos foi ofertado e está registrado dentro de nós se reflete diretamente no cuidado que oferecemos aos outros. 

E na educação?

A ética do cuidado nas relações escolares é um componente essencial do compromisso ético de educar. Educar e cuidar são indissociáveis, pois faz parte do papel enquanto escola. O cuidado que oferecemos às crianças, adolescentes e demais pessoas é moldado pelas dinâmicas que nos cercam e pela nossa própria condição pessoal. Além disso, acreditar no potencial do(a) outro(a) é a base da ética do cuidado, mobilizando nossas emoções, conhecimentos e afetos para investir no bem-estar e desenvolvimento dos(as) envolvidos(as).

Também temos novidades em nosso site. Como profissionais da educação, percebemos e dialogamos em nossos encontros a respeito dos inúmeros desafios enfrentados diariamente nas escolas. Pensando nisso, criamos a Trilha de Aprendizagem “Diálogo sobre Violências”.

A trilha é autodirigida e abrange questões que estão diretamente relacionadas à violência escolar e merecem urgentemente nossa atenção. 

Falar e aprofundar sobre as violências é bastante desafiador, visto que enfrentamos altos índices de violência escolar (entre estudantes e professores(as), entre os próprios estudantes, entre as famílias e a escola). Além disso, existem impactos negativos da violência no desenvolvimento social e acadêmico dos estudantes, um crescente adoecimento emocional de todos os envolvidos e inúmeros desafios para a implementação de uma educação em direitos humanos.

Por isso, o nosso objetivo é que vocês possam refletir sobre o conceito de violência, como também compreender suas diferentes manifestações e impactos, uma vez que, ao entendermos melhor as raízes, ciclos e impactos das violências, podemos mobilizar ações para criar ambientes mais seguros e acolhedores tanto na escola quanto em outros contextos.

A trilha está disponível para inscrição gratuita aqui. 

Vamos juntos(as) caminhar rumo à transformação e agir como agentes de mudança no contexto escolar!

No dia 20 de junho, tivemos também a honra e a alegria de participar do II Seminário de Proteção Escolar – Promovendo um ambiente educativo saudável – organizado pela Diretoria Regional de Ensino de Santo Amaro (SP). A Gabriela Treteski representou o Instituto Carlotas em uma mesa redonda sobre caminhos preventivos à violência escolar. Foi um diálogo de muita troca e aprendizado, em que gestores(as) e educadores(as) compartilharam vivências cotidianas da vida escolar à luz da segurança e da prevenção à violência. 

Em nosso posicionamento, Gabriela destacou o fato de que a segurança é um elemento básico e fundamental para que as aprendizagens e a convivência ocorram. 

“Não há desenvolvimento efetivo sem segurança.” 

Além disso, dialogamos sobre a comunicação não-violenta como um recurso de construção e fortalecimento da Cultura de Paz nas escolas. Foi um prazer fazer parte de um diálogo tão urgente e importante.

Para finalizar esse mês, não podemos deixar de citar nosso Concurso Cultural para celebrar o mês da Empatia. Mais uma vez convidamos você a completar a frase: “Empatia é…”

Vamos escolher três respostas que receberão um kit de quatro cadernos e um calendário de parede de Carlotas. 

Nosso objetivo é expandir o diálogo e entendimento sobre o tema e com isso nutrir relações mais saudáveis.

Segue o link para saber mais

Até Julho com mais novidades!

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