A integração das mulheres migrantes na sociedade alemã tem sido o foco de trabalho de Carlotas na Alemanha nos últimos meses. Neste contexto, realizamos projetos em duas frentes: apoio para elas alcançarem o mínimo de estabilidade por meio de um emprego formal no mercado de trabalho e orientações para que possam avançar com negócios próprios, gerando renda de forma autônoma, mas suntentável e legalizada na Alemanha.
Esta última frente tem se consolidado principalmente através do projeto Bússola – seminário que oferecemos para mulheres compreenderem exatamente o que é preciso para avançar com uma ideia de negócio na Alemanha- e que já vai para a sua 4º edição.
Assim, o mês de junho foi marcado pela estruturação desta próxima turma do Bússola (que tem inicio dia 07 de julho), mas também contou com ações pontuais sobre empreendedorismo feminino. Coletamos depoimentos de mulheres migrantes que já iniciaram um negócio autônomo e compartilhamos em nossas redes a série “Eu, empreendedora na Alemanha” trazendo experiências reais de desafios e superação que podem inspirar outras mulheres.
Promovemos também uma série de Lives com convidadas especialistas para conversar sobre temas complexos dentro do empreendedorismo feminino, como por exemplo: porque mulheres têm dificuldades em por um preço justo e cobrar assertivamente por seu trabalho ou quais são os erros mais comuns que elas comentem quando iniciam sua jornada. Todas as lives estão salvas e você pode assistir no perfil do Instagram @carlotas_mulheres.
Por último, Carlotas Deutschland participou de um encontro de Brasileiras Empreendedoras no Exterior (Brempex) que reuniu mais de 100 mulheres durante um fim de semana na cidade de Mannheim e que nos possibilitou reencontrar mulheres especiais (muitas, inclusive, que já passaram por nossas formações!) e conhecer ideias novas e projetos já consolidados no mercado.
Muitas vezes, as barreiras impostas pelo sistema alemão para que migrantes sejam integrados de forma saudável e estrutural na sociedade, fazem com que o empreendedorismo seja uma das poucas alternativas de sobrevivência, principalmente para mulheres (mães!). Porém, isso não significa que este caminho seja o mais fácil.
Sabemos que ele envolve muita burocracia e preconceitos, além de necessitar de uma dose grande de coragem – inclusive para vencer as próprias crenças negativas. Por isso, estar com brasileiras que conseguiram ultrapassar estes desafios, que abraçam oportunidades e fazem acontecer é um dos nossos combustíveis para continuar nesta corrida de promover o bem-estar de mulheres migrantes na Alemanha, com empatia e respeito à diversidade.