O penúltimo mês do ano nos proporcionou momentos incríveis no Programa ExploreCarlotas. Entre encontros de fechamento de ciclo, compartilhamento de depoimentos e diálogos para repensar algumas práticas, o nosso querido Programa voltado à educação pública se aproxima do encerramento de 2022. Totalizamos 13 encontros presenciais no mês de novembro, e como sempre, cada um deles movimentou olhares para construção de relações mais saudáveis e respeitosas nos espaços de aprendizagem.
Tivemos o privilégio de estar com as turmas de 1º ano da EMEF Laerte José dos Santos, em Osasco. A Fabi Gutierrez contou a história do livro Clara Cabelo Laranja (escrito por ela e ilustrado pela Carla Douglass) para 5 animadas turmas. Abrimos o diálogo sobre acolhimento da diversidade, autoaceitação e respeito. Entre leituras, narrativas e jogos, criamos um espaço seguro para revisitarmos as nossas diferenças e lembrar que é nosso dever garantir o respeito entre todas as pessoas.
Esse mês também fomos convidadas a facilitar um espaço de diálogo com os jovens que fazem parte do Grupo Nós, um Programa do Instituto Fazendo História, que “acompanha e facilita o processo de transição de jovens em acolhimento para a vida adulta, autônoma e inserida na comunidade.” Estivemos juntas para abrir uma conversa lúdica sobre autocuidado. Além de dialogarmos sobre os pilares do autocuidado, focamos na saúde mental e socializamos desafios e recursos de enfrentamento para momentos difíceis. Foi um encontro muito potente que deixou marcas profundas em nós.
E no dia 25 de novembro, atuamos em apoio à VIII Jornada Pedagógica promovida pela Divisão de Educação Infantil de São Paulo, que trouxe um tema de extrema importância – “Um olhar para as relações étnico-raciais e de gênero na infância”. Na parte da manhã, recebemos a convidada e grande parceiria Paula Batista, que é jornalista, educadora antirracista, Pós-Graduada em Mídia, Informação e Cultura pela USP e Mestra em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp, e criadora da consultoria Ser Antirracista. A conversa ficou gravada e você pode acessar aqui.
E para completar, na parte da tarde, eu e a Edite Neves estivemos presentes em um encontro presencial com a mesma pauta promovido pela Diretoria Regional de Ensino de Butantã. O encontro contou com o relato de um Centro de Educação Infantil da Rede Butantã, que compartilhou suas experiências pedagógicas com as pautas de gênero e juntos ampliamos o diálogo sobre a importância da sensibilização de todas as pessoas para a pauta de diversidade, respeito e empatia. Com quase 120 pessoas presentes, foi um encontro enriquecedor e que permitiu conhecermos ações práticas que podem transformar as relações no chão da escola de educação infantil.
Esse não foi um mês leve, uma vez que as pautas de relações étnico-raciais e de gênero trazem um convite a olharmos com maior atenção e corresponsabilidade para os impactos das nossas ações individuais e coletivas enquanto educadores(as). Repensar o que estamos fazendo (intencionalmente ou não) exige coragem e disponibilidade, mas não podemos depender de boa vontade apenas. É nosso DEVER garantir práticas e ações mais inclusivas e humanizadoras.