Outubro terminou e a correria aumenta nas escolas. Fechamento de notas, finalização de trabalhos e de metas.
Percebemos que o cansaço é maior! Aqui no Explore estamos com a sensação de fechamento de um ciclo de muitos encontros, desafios, emoções e muita troca!
Alguns dos movimentos que se destacaram neste mês foram os encontros com os(as) estudantes. Dialogamos sobre alguns pontos pedidos pelas escolas: gênero, racismo e violências.
Para convidar o grupo a pensar sobre essas temáticas tão sensíveis e urgentes, iniciamos com perguntas disparadoras, como:
O que é gênero?
O que é sexo?
O que é ser menino/homem ou menina/mulher?
O que você pensa e sente quando você escuta a palavra racismo?
Iniciamos essas conversas com as turmas do Ensino Fundamental II com o objetivo de criar um ambiente convidativo à reflexão e ampliar a compreensão sobre a construção social que está por trás dos conceitos de gênero, sexo, raça, etnia. Enquanto na temática de gênero conseguimos refletir sobre o fato de que tornar-se mulher é pensar sobre o caminho percorrido por aquelas que já não estão mais aqui, como o direito ao voto e o direito ao divórcio, pensar sobre racismo é reconhecer as nossas estruturas violentas com pessoas negras e os povos originários.
Foi muito forte perceber que os(as) estudantes destacaram a importância da representatividade, reconhecimento das suas origens e características identitárias nas diferentes temáticas.
Para aprofundar e materializar esse conhecimento, realizamos dois jogos que trouxeram afirmações e referências para que fossem organizadas por eles.
Durante os encontros, tivemos a oportunidade de dialogar sobre o quanto é inaceitável brincadeiras, comportamentos, piadas em razão da cor da pele, do cabelo, do formato do corpo, gênero, ou qualquer característica pessoal. Somos diversos e é nosso dever respeitar a existência e singularidade de cada um!
Entre as conversas com os jovens, em uma outra escola, tivemos a oportunidade de criar um espaço de escuta com uma metodologia colaborativa desenvolvida junto aos 6ºs anos. Além de dialogarmos sobre diversidade e convivência, lançamos três perguntas para que respondessem coletivamente:
Quais são as principais emoções que eu percebo em mim e nos colegas da escola?
Quais são os principais desafios que eu percebo que estamos enfrentando na escola?
O que vocês acham que poderíamos parar de fazer e começar a fazer para termos relações saudáveis na escola?
Criar oportunidades de reflexão é um movimento fundamental para investirmos em relações mais seguras e menos violentas no contexto de convivência.