Carlotas tem a alegria de compartilhar com vocês mais uma querida parceira que se dedica a garantir e promover o protagonismo das crianças, adolescentes e jovens, especialmente meninas, por meio de projetos, programas e ações de incidência e de mobilização social.
A Plan International chegou ao Brasil em 1997 desenvolvendo programas e projetos de capacitação e empoderamento de crianças, adolescentes e suas comunidades para que adquiram competências e habilidades que os ajudem a transformar suas realidades. O objetivo é apoiar crianças e jovens a se tornarem protagonistas de suas próprias histórias e para que isso aconteça, o trabalho decorre de acordo com os seguintes eixos:
PROGREDIR
Este eixo é direcionado à prevenção à violência de gênero, e nesse sentido a Plan International elaborou dois projetos:
>> Projeto Down to Zero – objetiva-se reduzir o número de crianças vítimas ou em situação de risco de exploração sexual comercial em comunidades na Bahia fortalecendo e monitorando as políticas públicas e as práticas de responsabilidade social do setor turístico.
>> Projeto Cambalhotas – o foco aqui é o estímulo à autoproteção de crianças entre 07 e 10 anos de idade. Por meio de brincadeiras e oficinas, as crianças aprendem sobre os tipos de abusos e violências que podem ser vítimas e também quais as pessoas que poderão apoiá-las caso presenciem ou sofram com essa situação.
LIDERAR
A escola de liderança para meninas tem como objetivo oferecer repertórios e insumos para que meninas consigam aprender o que significa ser menina e, principalmente, o reconhecimento do seu potencial.
DECIDIR
O programa adolescente saudável tem iniciativa da AstraZeneca e acontece em 21 países no mundo. São ações informativas que se concentram na prevenção de comportamentos de risco que levam a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O projeto também capacita adolescentes e jovens em liderança para que investiguem e identifiquem, em colaboração com o governo local, os problemas de saúde presentes em suas próprias comunidades.
Há também o projeto adolescente multiplicando saúde que tem como objetivo capacitar adolescentes, especialmente meninas, para serem multiplicadoras em temas de saúde sexual e reprodutiva, direitos reprodutivos, gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis e outras vulnerabilidades sociais relacionadas à falta de serviços e programas acessíveis e acolhedores.
APRENDER
Neste último eixo, o projeto em destaque é o chamado “Empodera elas”. O objetivo é estimular a autonomia financeira de jovens mulheres em situação de vulnerabilidade social, com idade entre 18 e 35 anos, por meio do fomento de geração de renda e fortalecimento das habilidades e iniciativas empreendedoras. O projeto oferece um programa de desenvolvimento social e técnico que engloba habilidades para a vida, capacitação profissional, mentorias e suporte na criação de empreendimentos e gestão de negócios. A proposta é contribuir com o empoderamento econômico dessas mulheres, além de multiplicar os conteúdos para 5 mil jovens nas redes sociais.
Entre tantos projetos sérios e comprometidos, a Plan nos convida a refletir sobre mais alguns temas que estão nos impactando socialmente. Nos últimos anos, o termo “ideologia de gênero” se tornou frequente em debates, declarações e pronunciamentos. Na maioria das vezes o termo equivocado tem sido usado de uma forma enganosa para se referir às identidades de gênero e à inclusão de temas relacionados à educação sexual e à educação integral para sexualidades na escola. Pensando nisso, a Plan International lançou uma campanha chamada FATO CERTO NÃO TEM ERRO, criada em parceria com Angola Comunicação, com o objetivo de conscientizar famílias, profissionais da educação, a sociedade em geral e dar subsídios teóricos e jurídicos para o debate sobre as identidades de gênero.
A campanha é composta por vários materiais de apoio para conscientizar educadores e a sociedade contra a disseminação de informações falsas. Faz parte desse material a Cartilha de Alfabetização em Direitos que segue o Guia de Terminologia da UNAIDS e detalha termos como cisgênero, heterossexual, homossexual, gay, lésbica e expressões. A campanha ainda conta com posts para as redes sociais, três filtros de Instagram, sendo um deles um quiz sobre identidades de gênero, e stickers para WhatsApp.
Além disso, foram desenvolvidos cinco vídeos temáticos riquíssimos para trabalhar em sala de aula que abordam as consequências da desinformação e das fake news em temas como:
>> Transfobia – Fato Certo Não Tem Erro: Transfobia
>> Homofobia – Fato Certo Não Tem Erro: Homofobia
>> Gravidez na adolescência – Fato Certo Não Tem Erro: Gravidez na adolescência
>> Abuso sexual – Fato Certo Não Tem Erro: Abuso sexual
>> Infecções sexualmente transmissíveis – Fato Certo Não Tem Erro: IST’s
Para completar, foi elaborado também o podcast Fato Certo, com dez episódios que lançam luz sobre fatos e notícias falsas, trazendo, por exemplo, a diferença entre mentira e fake news, e histórias reais de pessoas que foram vítimas de preconceito por causa de notícias falsas. Um deles teve Carlotas como participante. A Gabi Treteski destacou a importância de garantir espaços seguros do ponto de vista emocional para os estudantes. Acesse o canal no Spotify na íntegra neste link.
As mídias sociais globalizaram nossa comunicação. Entretanto, sabemos que a velocidade da disseminação de uma informação inverídica pode causar sérios danos sociais. Na educação, o ponto é ainda mais delicado, pois estamos falando de seres em formação. Nesse momento de vida ser vítima de informações falsas pode comprometer seriamente o desenvolvimento. Formar cidadãos conscientes é também fomentar nossa capacidade crítica na hora de enviar uma mensagem que não temos certeza da sua veracidade.
Esperamos que essa campanha e todas as ferramentas de apoio disponíveis possam ser o início de uma profunda discussão sobre a promoção da diversidade, garantia de direitos e como a desinformação impacta a vida de cada um/uma que sofre ou sofreu com ela.
Acesse aqui o site completo da campanha e vamos dialogar!