A diversidade faz parte da condição humana. Todos nós somos únicos, temos nosso próprio DNA, comportamento, vivência, expressão e inúmeras características que nos fazem sermos seres diversos e singulares. Mas quando é abordado o tema, apesar de todos(as) nós fazermos parte da diversidade, o foco acaba sendo direcionado para grupos de pessoas que são sub-representados, subjugados ou impedidos de acessos equitativos nas diversas esferas da sociedade.
Por isso, a proposta em abordar a diversidade está relacionada à, além da valorização da singularidade de todas as pessoas, promover recursos para que tenham acessos e oportunidades equitativas e que sejam verdadeiramente incluídas ao meio no qual estão inseridas.
Diante disso, citamos o termo equidade, que é diferente de igualdade, você sabe a diferença? Embora ambos tenham o objetivo de promover a justiça, eles têm conceitos diferentes. Igualdade busca tratar todos e todas da mesma forma, independentemente da sua necessidade. Equidade trata as pessoas de formas diferentes, levando em consideração o que elas precisam. Em resumo, podemos dizer que a diferença central entre esses termos é que a equidade reconhece a diversidade e, ao considerar diferentes contextos, destina recursos necessários para que todas as pessoas possam alcançar os mesmos resultados.
Por exemplo, se uma criança com deficiência física que usa cadeira de rodas precisa de uma rampa para entrar na escola, essa acessibilidade precisa ser disposta para que todas as pessoas, independente das suas circunstâncias, tenham acesso ao direito fundamental da educação. Isso é um recurso equitativo no qual fornece um meio necessário para se alcançar o mesmo resultado.
Então, ao compreender a pluralidade humana, valorizar a singularidade de cada pessoa e destinar recursos para que todas as pessoas possam ter oportunidades iguais, entramos no conceito da inclusão social. A inclusão social parte de, pelo menos, duas premissas:
_ da consciência de que a sociedada é desigual
_ da necessidade de que essas injustiças sejam – no mínimo – amenizadas ou equilibradas
Ela se manifesta nas nossas ações, falas, comportamentos, símbolos, textos… Ou seja, a inclusão pode ser praticada em todos os nossos processos, gerando um ambiente no qual qualquer pessoa possa se sentir como parte, confortável e sem risco. É na inclusão que temos conexão. E é na conexão humana que temos ampliação de perspectivas e podemos praticar a empatia, fatores fundamentais para compreendermos a bela complexidade da nossa espécie.
Por esses (e outros) motivos que falamos diversidade, equidade e inclusão. Reconhecer e valorizar a singularidade de cada indivíduo, fornecer meios para que pessoas de diferentes contextos obtenham as mesmas oportunidades e promover o senso de pertencimento à todas as pessoas são parte da força propulsora que nos move em Carlotas, atrelado à consciência de que estamos aprendendo e reaprendendo sempre!
* Imagem capa: Tim Mossholder via Unsplash.