Referência de livro – Se eu tivesse te entendido, estaria com essa cara?

Provavelmente, em algum momento, você já ouviu dizer que um dos maiores problemas da humanidade é a comunicação. Se é um dos maiores ou não, não vem ao caso. Mas, sem dúvida, é um fator fundamental de conexão ou da falta dela.

Alan Alda, ator e escritor americano, escreve sobre sua experiência no livro If I Understood You, Would I Have This Look on my Face? My Adventures in the Art and Science of Relating and Communicating – Se eu tivesse te entendido, estaria com essa cara? Minhas aventuras na arte e ciência de se relacionar e comunicar – tradução livre.

Esse é um tema que gosto muito, ainda associado com a capacidade que temos de nos conectar e empatizar com o outro. O livro me chamou a atenção pelos pontos simples que traz da nossa incapacidade de sermos claro ao passar uma mensagem. No entanto, a comunicação e o interesse pelo outro deve ir além de querermos ser ouvidos. Deveria se caracterizar principalmente pelo genuíno interesse do ouvir e entender o outro (empatia).

No livro, Alda traz elementos como o “Ouvir com os ouvidos, olhos e sentimentos”, que vai além da atenção plena e da escuta ativa. Está em silenciar nossa conversa interior e praticar o não-julgamento e a não-opinião. Estar presente naquela conversa aberto e vulnerável, pronto para improvisar no melhor sentido da palavra: criar com os recursos do momento. E, para isso, precisamos estar exatamente ali, naquele momento, com aquela pessoa.

Traz ainda a empatia e a Teoria da Mente como pontos-chave para uma boa comunicação. Empatia, ele denomina como a capacidade de entender o que o outro sente, e Teoria da Mente, a capacidade de entender desejos e crenças dos outros – seria um passinho anterior a capacidade empática.

O ponto central do livro passa pela nossa disponibilidade de enxergar e considerar o outro para um diálogo. O olhar e o ouvir como pontos de conexão e interesse pelo interlocutor. O livro não traz nenhuma grande descoberta mas nos convida a pensar – e repensar – se estamos entrando nas relações a partir de monólogos ou diálogos e esse é sempre um ótimo convite.

* Foto do post por Jason Wong.

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