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Reflexões sobre a frase de Elon Musk

fototo do rosoto de Elon Musk

Elon Musk encerrou o ano de 2023 com a polêmica declaração DEI must DIE” traduzido como “DEI PRECISA MORRER”, se referindo a sigla: Diversidade, Equidade e Inclusão”. Essa afirmação surgiu em resposta a uma onda de antissemitismo, notadamente ataques a judeus em universidades americanas, levando Elon Musk a considerar que certos grupos estavam desfrutando de privilégios desproporcionais. A pressão e apoio de vários empresários foram tão grandes que culminaram na queda da reitora da Harvard University, Dra. Claudine Gay.

Muitas pessoas têm dificuldades em compreender o verdadeiro significado de diversidade, seja na forma das siglas D&I (Diversidade e Inclusão) ou DEI. Algumas piadas, como a sugestão de que a sigla LGBTI++ deveria incluir todas as letras do alfabeto, destacam o não entendimento sobre o tema. Primeiramente, é crucial entender que diversidade trata-se de indivíduos, não de grupos. Envolve a oferta de ferramentas, condições, acessos e oportunidades que permitam a essas pessoas realizar, trabalhar, desenvolver e viver com AUTONOMIA e SEGURANÇA.

Muitas pessoas enfrentam desigualdades devido à falta de oferta/conhecimento sobre ferramentas, acessos e segurança, resultando em uma situação onde não podem competir em pé de igualdade e equidade.

A verdadeira diversidade será alcançada quando reconhecermos a interseccionalidade, ou seja, a interação entre diferentes fatores sociais que definem uma pessoa. Isso significa considerar a interseção de identidades, como gênero, etnia, raça, localização geográfica e idade, na hora de avaliar a diversidade

É fundamental criar um ambiente seguro para discutir diversidade. Mulheres, pessoas negras e outras minorias devem ter a segurança necessária em seus ambientes de trabalho para desempenhar suas funções sem sofrer assédio, preconceitos, microagressões e ameaças. O cenário ideal é aquele em que essas pessoas possam trabalhar e se desenvolver sem obstáculos, conquistando autonomia.

A noção de privilégio é dinâmica/rotativa, podendo ser “perdida” por diversos motivos, como desastres naturais, crises econômicas ou guerras (que podem resultar em pessoas com deficiências adquiridas). Pessoas idosas, por exemplo, perdem gradualmente sua autonomia, juntamente com pessoas com deficiência. Grupos étnicos e culturais também podem perder sua segurança devido à crises e conflitos, impedindo-os de realizar atividades diárias e viver plenamente.

A afirmação “DEI must DIE” é equivocada, mas é inegável que a discussão sobre Diversidade, Equidade e Inclusão precisa evoluir. Uma proposta interessante que eu trago é a transição para D&A – Diversidade e Autonomia, ou mesmo chamar DAS – Diversidade, Autonomia e Segurança. Essas mudanças refletem a necessidade de focar não apenas na representação, mas também na garantia de oportunidades e segurança para todos os indivíduos, independentemente de sua diversidade.

Qual é a sua opinião sobre essa abordagem?

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