Matéria para Crianças
Você já ouviu falar em placemaking? Essa palavra do inglês é difícil traduzir porque traz um conceito de “criação de espaços”, ou “desenvolvimento de espaços”. Na prática, ela define a iniciativa de olhar e redefinir a forma como usamos os espaços públicos nas nossas comunidades e cidades.
É uma iniciativa bastante séria que envolve não só as pessoas de uma determinada comunidade mas também as instituições, prefeituras e órgãos competentes para implementarem as transformações. Pode ser algo simples como a revitalização de uma praça até um novo planejamento urbano em determinada região com base na necessidade das pessoas que ali vivem.
Quer um exemplo? A ONG Mapa Daqui disponibiliza peças de sinalização para as pessoas colocarem nas ruas e indicarem informações importantes da região – como restaurante favoritos, centros de reciclagem e espaços culturais – ajudando assim, os pedestres.
Cuidar de onde vivemos é puro respeito. Pensar nas necessidades de todos que usam os espaços públicos é olhar a comunidade de uma forma empática e se colocar no lugar do outro. Você já pensou o que pode fazer para melhorar o lugar onde mora? Que tal escolher uma ação e envolver os vizinhos para realizar essa melhoria que você escolheu? Nos conte como foi através do email carlotas@carlotas.com.br
Matéria para Educadores
Na coluna Carlotas dessa edição, o tema trazido foi “Placemaking e Empatia”. O conceito de placemaking é relativamente novo, foi desenvolvido na década de 1970, e, apesar de não ter uma tradução literal para o português, é muito simples. Consiste em olhar e ouvir as pessoas que frequentam um determinado espaço – seja porque moram ou trabalham por ali – e descobrir suas necessidades. A partir daí, redefinir a forma como usam e criar melhorias para que todos possam ser atendidos da melhor forma.
O ideal é começar com pequenas coisas, fáceis de implementar e que, rapidamente, trarão benefícios para a comunidade.
A proposta de reflexão desse temas com as crianças é estimulá-las a olhar em volta e perceber como as outras pessoas são afetadas. Com isso, ela exercitará a empatia. Ao se colocar no lugar de todos que frequentam aquele espaço, poderá perceber que nem todos aproveitam ou podem utilizá-lo da melhor forma.
A sugestão de trabalho podem ser feitas em conjunto com as disciplinas de Geografia e Português:
Estimular que, em pequenos grupos (4 ou 5 alunos), eles escolham algo que possam melhorar nas ruas perto da escola. Pode ser uma praça, a rua da escola ou outro espaço que eles escolherem. Elas perceberão que qualquer pode ser o agente de mudança nesse processo de melhoria urbana e não há lugar melhor para começar do que onde moramos ou passamos boa parte do dia.
Passos para o desenvolvimento do trabalho:
1. Escolher um lugar e registrar (relatório e foto) como é hoje
2. Identificar quem são as pessoas que utilizam esse espaço
3. Recolher as informações: avaliar o espaço escolhido e conversar com as pessoas
4. Listar as principais ideias de mudança
5. Avaliar essas ideias e escolher uma delas
6. Desenvolver um plano de ação para implementar a ideia escolhida com prazo definido
7. Implementar a mudança
8. Avaliar os resultados. Se necessário, repetir o passo 3 em diante até que a mudança esteja adequada.
Ao fim desse processo, os alunos terão exercitado a empatia, respeito, cooperação, escuta, autonomia e protagonismo. E claro, terão realizado uma mudança positiva na comunidade.
Aqui alguns links de referência de placemaking:
• Conexão Cultural
• Futuro das Cidades (traduzido)
• Placemaking and the Future of Cities (original em inglês)
• Placemaking em Chicago
• Mapa Daqui
Queremos muito saber como foi o trabalho desenvolvido. Escreva para nós e nos conte mais!
