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Sou branco(a) e quero combater o racismo: O que eu faço?

Muita gente distorce a fala da Djamila Ribeiro sobre “lugar de fala”. Cada um de nós ocupa espaços diferentes na sociedade de acordo com suas características, sejam elas físicas, sociais ou emocionais, entre tantas outras dimensões que nos fazem humanos.

Qual é então o lugar de uma pessoa branca no combate ao racismo?

Confesso que tenho estudado muito o tema para poder exercer o meu papel nessa luta. E entendi que o ponto de partida para achar meu lugar neste tema está em algo chamado branquitude.

Talvez você tenha ouvido essa palavra, talvez não. Talvez não tenha entendido direito o que significa. Mas ela é tão simples quanto é dura para nós brancos acostumados com uma sociedade construída sobre os pilares do racismo.

Branquitude traduz o lugar de vantagens simbólicas, subjetivas e materiais que as pessoas brancas tem. Em outras palavras, o privilégio.

Ah! Mas eu não tive tudo de mão beijada. Eu tive que trabalhar para poder pagar meus estudos. Eu também uso transporte público. Eu também estudei em escola pública.

A branquitude não se refere a isso.

Ela traduz o privilégio de ter a pele branca numa sociedade racista. Quem é branco não é seguido em lojas pelo segurança, não é direcionado ao elevador de serviço nos prédios, não é solicitado a dar informação numa loja na qual você não trabalha, não é abordado pela polícia sem motivo.

Isso é a branquitude o privilégio de parecer “uma pessoa de bem”.

Mesmo que você não esteja muito convencido(a) de que quer combater o racismo, entender a branquitude e aceitar sua condição é muito difícil. Reconhecer que faço parte de um grupo que se beneficia de oportunidades torna o espelho um companheiro rigoroso.

Não temos um problema negro no Brasil, temos um problema nas relações entre negros e brancos. |

Cida Bento, O Pacto da Branquitude

O que faço com isso então?

Djamila Ribeiro traz no seu livro Pequeno Manual Antirracista fala que as pessoas brancas não devem se sentir culpadas por sua cor, mas se responsabilizar e serem agentes de mudança. E é por aí que devemos começar.

 

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