Dia 23 de novembro, Fabiana Gutierrez, de Carlotas e Daniela Galhardo, da Girasole Desenvolvimento Humano, estiveram juntas no CBTD16 frente à palestra “Viagem ao mundo de Carlotas: um olhar para a diversidade e empatia”.
Nesse encontro, foram construídos em conjunto com os presentes conceitos de empatia e diversidade e o impacto que eles têm dentro das empresas.
O ponto de partida foi o mapeamento que Carlotas tem feito desde o primeiro semestre desse ano sobre “As Relações no Ambiente de Trabalho”.
Esse trabalho, mostrado em primeira mão no CBTD2016, foi elaborado a partir de muitos estudos, conversas e um questionário, respondido por mais de 200 pessoas em diversos países, como: Brasil, Alemanha, Colômbia, Estados Unidos, Holanda e Inglaterra. Nesse questionário, duas perguntas:
• Na sua opinião, qual o principal problema nas empresas atualmente?
• O que te faria sentir-se realizado e trabalhar com mais qualidade?
Com os resultados, ficou claro que a maior parte dos problemas – para não dizer todos – estavam inter-relacionados, assim como os pontos de motivação (confira no infográfico abaixo).
Percebemos que é muito difícil mexer em apenas um ponto de um lado para resolver o ponto do outro. Por exemplo: para qualquer alteração no quesito CONFIANÇA, necessariamente deverão mudar elementos da COMUNICAÇÃO, do ALINHAMENTO e por que não dizer também RECONHECIMENTO e o FOCO NAS PESSOAS?
Mas poxa, ai complicou! – É o que você deve estar pensando, certo? É e não é. Temos um fio que conduz e pode tornar esse processo mais simples, que é justamente a Empatia.
Através da empatia (que é diferente de simpatia) e significa conexão com o outro, conseguimos construir relações mais sólidas e transparentes. A relação entre pessoas da equipe, sejam elas gestores, subordinados ou pares, pode mudar e melhorar em diversos aspectos se for mais empática. Com real conexão, vocês serão capazes de resolver (quase) qualquer problema do dia-a-dia, além de construir uma atmosfera muito mais saudável emocional e profissional.
Mas é mais fácil criarmos essa conexão com quem temos afinidades ou com quem pensamos que é diferente de nós?
Aqui entram dois conceitos muito importantes em Carlotas:
1. Diversidade não é só aparente: a diversidade está em cada um de nós. Por mais parecidos que sejam os nossos padrões, não existe duas pessoas que pensem exatamente iguais. Portanto, sou a diversidade para o outro. Inevitavelmente as pessoas pensam em questões raciais, de gênero e de inclusão quando se fala em diversidade, no entanto, essas questões são apenas parte que compõem as pessoas. Somos diversos porque somos únicos e assim devemos ser respeitados em nossa individualidade.
2. Diversidade é multiplicidade: isso significa que temos mais possibilidades e escolhas com essa definição. Quando pensamos em diversidade como a diferença que tenho com o outro, logo classificamos:
diferente = fora do meu padrão = errado = eu excluo
O diferente é apenas algo que não é igual e não errado. Lembre-se: algo novo é, em geral, não igual ao que já está estabelecido.
Com esse olhar “diferente” para o outro fica mais fácil estar disposto a criar essas conexões. O que não significa que criá-las seja uma tarefa fácil.
Usamos como guia esses pontos de reflexão que chamamos de “Os 8 princípios da empatia”. Relembre-os aqui.
Mas perceba, mais do que teoria, é necessário colocar os 8 princípios em prática. No começo pode ser difícil, mas é um exercício contínuo, até que se torne natural (e isso pode levar algum tempo!) ?
Agora queremos saber: e pra você, quais são os principais problemas e o melhores motivadores das relações no ambiente de trabalho? Responda nossa pesquisa e escreva pra gente no carlotas@carlotas.org.